segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

London, I’m back!


Ficamos em um hostel onde conhecemos vários brasileiros e, pra variar, nos juntamos todos e passamos todos os dias juntos! Esse é o lado bom de ficar em hostel: conhecemos muita gente e fazemos amizade com muito mais facilidade. Passeamos pela cidade juntos, jantamos juntos, fomos as festas juntos (Londres foi um dos poucos lugares que fomos pra noite. E escutamos Michel Tello em todas.. pois é),  bebemos juntos, comemos pizza juntos e fizemos promessa de nos rever no Brasil.


Dois baianos e um gaúcho :) 

Na nossa primeira noite em Londres, a Ariana mandou mensagem pra Carol e pra Jessyca pra encontrar elas em algum lugar. Elas não sabiam que eu estava lá, porque supostamente eu so iria encontrá-las  em Paris ou Amsterdam. Elas estavam numa noite chamada Walk About, esperando a Ariana. A gente tinha feito altos planos de como seria a minha chegada. No fim, quado eu vi elas eu saí correndo e gritei OOOOOOIII haha e ai foi aquela gritaria de peruas escandalosas. Foi tri bom reencontrar elas. Como disse a Carol, parece que nunca deixamos de nos ver. Ainda bem, porque esse é um dos meus medos.. perder a intimidade com meus amigos daí.



                  Nozes!

Numa outra noite fomos a outra festa que entramos de graça.  Tocou todas as musicas do Patrimônio e eu me acabei dançando. Dormi 2h nesse dia.. meu ritmo anda assim, total desregulado. Tenho certeza de que quando eu voltar pra casa vou dormir no mínimo 1 semana seguido. Eu preciso!!!
Essa segunda visita a Londres foi bem mais deliciosa, porque não me senti tão turista, porque não fiz muitos programinhas de turista. Curti mais o hostel e programinhas não tão turisticos com o pessoal. Deu pra relaxar, foi joinha! Fora que dessa vez eu vi o tal Dinossauro e vi a troca da guarda.. nada assim imperdível, mas são tão surreais que vale a pena :)

O Dino!




Tenho vontade de morar em Londres algum dia, por alguns meses.. acho que já comentei isso, né?

Belgiuuuuuuum com o melhor chocolate e cerveja do mundo!!!


Começou meio mal sabe? A gente nao fazia ideia de como chegar no hostel. Nós nem ninguém daquela cidade. Foi o país mais dificil pra se localizar e conseguir qualquer tipo de informação.. quando por desvio de regra sabem falar inglês, não fazem a mínima idéia de onde estão localizados no mapa. Mapa deve ser uma tecnologia recém chegada na Bélgica por aquelas criaturas definitivamente não entendem nada de localização. Nomes de ruas, pontos turísticos, estações de ônibus e metrô só sabem se o GPS estiver ligado. Mas como sempre em todos os meus apuros, eu mais uma vez encontrei algum anjo pra me ajudar. Estavamos a mais de 1h perdidas quando um carro estacionou na frente do prédio onde estávamos paradas, estáticas, sem saber o que fazer e pra onde ir. Perguntei pra ele se ele sabia o nome da rua que eu precisava e ele disse: wow! No idea! Mas me pediu pra esperar 1 minuto; digitou no GPS e disse: é só a algumas quadras daqui. Pegou nossas malas, colocou na caçamba da camionete e nos levou até lá. Bendito homem e seu GPS!  Mas sabe? Eu não tava legal.. tava cansada de viajar, bateu um tédio, uma preguiça de tudo aquilo.. e de repente aquela angustia, vontade de dar meia volta e ir pra casa. Chega! Cansei da brincadeira de mochilão. Nem metade da viagem e eu já tava Luiziando de novo. Tem uma música que eu gosto muito que diz assim:
“Um dia eu senti um desejo profundo de me aventurar nesse mundo pra ver onde o mundo vai dar... com o tempo foi dando uma coisa em meu peito, um aperto dificil da gente explicar. Saudade nao sei bem de que; tristeza não sei bem porque; vontade até sem querer de chorar; angustia de não se entender; um tédio que a gente nem crê; anseio de tudo esquecer e voltar..”
Bruxelas infelizmente foi marcada por esse sentimento. No dia seguinte, a Ariana perdeu a lente de contato dela e foi a gota d’água pra ela. Em minutos eu explodi. Eu não queria ta ali, eu queria ta na minha casa com a minha família. Eu queria rever os meus amigos. Eu queria comprar pão na padaria ou carregar o TRI ali no Lindóia. Eu queria qualquer coisa que me fosse familiar. Eu queria parar de tirar foto. Eu queria deitar na minha cama com meu travesseiro molinho e não naquela cama de hotel com aqueles lençois branquinhas fedendo a recém passado. Eu queria a minha toalha amarela e não aquelas brancas macias escrito WELCOME TO BRUSSELS. Eu queria o colo quentinho da minha mãe e não aquela atendente antipática me dando boas-vindas num lugar que eu não queria estar.
Saímos eu e a Ariana loucas pra ficar no hotel dormindo. Depois de horas de silêncio, resolvemos que o dia ia melhorar. Passeamos pelos pontos turísticos de Bruxelas, andamos de metrô sem pagar, tomamos chocolate quente num restaurante chamado London e compramos nossa passagem pra Bruges. E finalmente eu me encantei de novo com alguma coisa.









Bruges é magnifica (hahaha eu já não tenho mais elogios originais pras cidades que eu visito.. vou começar a usar: da hora, muito afude, trem bom dimais sô, coisas do tipo que eu aprendi nesses meses convivendo com 30 brasileiros, um de cada canto). É uma mistura de Veneza com Toledo pra mim.. (ainda não contei da viagem com o pai e a mãe né? Eu vou dar um jeito de contar isso antes de voltar, prometo!).
Encontramos uma lojinha de chocolates que tinha logo na entrada um pote de marshmallows e uma cascata de chocolate.. noooossa! E os chocolates eram muito baratos e eu comi atá chorar. Bruges renovou minhas energias em todos os sentidos, haha.








No dia seguinte fomos a Antwerp. Essa história é interessante: quando eu cheguei em Portugal, uma senhora me adicionou no facebook por ter o mesmo sobrenome e aniversário que eu. Ela mora na Bélgica, então mantemos contato quando eu disse a ela que pretendia conhecer o país dela. Quando foi chegando perto, ela me escreveu dizendo que queria me encontrar. No domingo, ela nos encontrou em frente ao Atomium, símbolo de Bruxelas, e nos levou no museu do Atomium e depois pra conhecer a cidade dela. Linda também, charmosinha demais. Essa me lembrou um pouco Liverpool. Almoçamos uma comida típica belga. Algumas salsichas e carnes estranhas, mas deliciosas. E foi aí que eu descobri que a French Fries não é francesa, é belga. A origem da batata frita, segundo minha amiga Mireille vem da Bélgica. E eles tem um jeito todo especial de comer: em cones de papel com molho de maionese por cima. Uma delícia!




A Ariana ia embora pra Londres naquele domingo e eu ficaria até a tarde do dia seguinte para pegar meu ônibus pra ir a Praga. Mas acordei com uma vontade de mudar os planos. Algumas coisas não saíram conforme o planejado na minha ida a Praga e deu vontade de largar tudo e ir pra Londres. Foi a melhor escolha que eu fiz nesse mochilão.
Bye bye Bruxelas.. Crazy London here I go once again!
E Bruxelas vai pra listinha por tabela, porque pra Bruges tá confirmada.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

DANCING QUEEN, ONLY SEVENTEEN OHHH YEAAAH


Eu me senti total adolescente naquela terra. Londres é mesmo linda, e é mesmo a Queen’s Land porque tudo lá gira em torno disso. Você vai nas lojas pra comprar lembrancinhas e só dá ela, o Príncipe William que já passou da sua fase lindo e maravilhoso pra "tá, pegável" e a tal da sortuda desgraçada da Kate lá. Tchê eles tem bandeirinha, tem caneca, tem pôster, tudo que tu pode imaginar da foto do casamento dos dois, das fotos da Rainha. É muito fanatismo!


Londres eu só passei um final de semana, e foi a única cidade até agora que eu saí com a sensação de que foi pouco tempo. Moraria lá fácil por uns meses, mas não muitos porque já to cansando dessa coisa de não ter endereço fixo. Mas Londres é um lugar pra curtir, completamente diferente de outras cidades européias. É outro estilo, bem inglês, bem lindo. Londres não tem aquele ar de velho mundo como a maioria das cidades que eu visitei na Europa. Londres parece à frente do tempo, apesar da sua cultura conservadora que se respira nas ruas. O conservadorismo se vê estampado nas roupas, no comportamento e no estilo das pessoas e da cidade. Caminhar por aquelas ruas é mesmo como estar num filme (não sei porque eu me sinto tão pobrezinha falando isso).







Mas em Londres, pra variar tivemos algumas “sortes”, como por exemplo: chegamos numa sexta, deixamos pra ir na London Eye no sábado. Chegamos lá: fechado! “por quantas horas, moço?” “Por duas semanas” aí eu espantada olhei pra Adri e disse “como assiiiim?” Aí o tiozinho só pra pisar na ferida: “e hoje é o primeiro dia, deviam ter vindo ontem meninas” Roguei uma praga pra ele, não se preocupem que eu não deixei assim.
Deixamos de entrar na Basílica de Westminster onde a tragédia do casamento do Will com a Kate aconteceu para ir assistir a troca da guarda que, segundo uma brasileira mal informada, seria às 11h. Mas não, não era as 11h, era às 11:30h. E nós ficamos lá que nem umas patetinhas esperando pra ver a tal da troca da guarda, quando depois de 2h plantadas que nem umas batatas passa um grupo de brasileiros e diz: “ai o guardinha falou que hoje não tem troca da guarda. No inverno é um dia sim, um dia não”. Aaaaaaaiiiiiiiiiiiii, tá passou. Outra foi o tal do museu de Ciências Naturais onde tinha o tal do Tirenossauro Rex gigante, que fomos até lá só pra ver a pinta. Entramos em tudo que é passagem, fomos em todos os andares e nada do bixo. Fomos embora tristes e frustradas. Quando chegamos no hostel, um casal de brasileiros que tava no nosso quarto disse: “Aii vocês viram o dinossauro do Museu de Ciências Naturais que lindoooo?” ¬¬ “não! Onde estava este animal que eu NÃÃÃO ACHEI?” “Ai gurias era na entrada da rua do lado, não pela principal.. ninguém avisou vocês?” “NÃO!”. Mas sabe, Londres é linda e eu nem gosto de ver essas coisas clássicas que todo mundo vê... ha ha ha
Mas sério, foda-se a troca da guarda e o dinossauro. Valeu muito a pena igual. É só mais um motivo pra eu voltar lááááá! Tá na listinha também né, fato.

Barcelona guapíssima


Eu tava looouuuca pra encontrar a Ariana!!!! Louca pra falar português de novo e fofocar com ela e matar a saudade.. Quando eu vi ela no aeroporto me esperando deu vontade de chorar de alegria! Era como se eu tivesse em casa de novo J



E Barcelona pra mim também me sinto um pouco mais em casa.. por ser mais perto de Portugal talvez. Por poder entender a lingua ou até mesmo pelo clima que não é tão frio.. A Espanha pra mim até agora foi o país que eu mais curti. E sabe que quando eu vim pra cá, apesar da proximidade com Portugal, a Espanha era um país que nem tava nos meus planos visitar? Não fazia questão.. não me atraía muito. Nao imaginava que fosse “me gustar” tanto haha
Sevilha, Madri, Toledo, Barcelona foram até agora as cidades que mais me cativaram. Eu amei Londres e Liverpool também, mas é diferente. A Espanha tem uma energia muito boa!


IGUAAAAAL


E Barcelona é glamourosa como quase todas as grandes cidades européias, mas além disso, os pontos turísticos de Barcelona são muito interessantes. A começar pelo espetacular Gaudí que é singular nas suas obras. Cada canto de Barcelona tem uma marca de Gaudí. Além de unicas são inconfundíveis suas construções, não é  à toa que são o símbolo de Barcelona. 





La Gran Pica - hahahaha

Mais uma vez foi uma cidade em que caminhamos muito, cansamos muito, aproveitamos muito. Mas como eu disse pra Ariana: tudo pra mim aqui é ponto turístico. Os prédios residenciais, os restaurantes, as avenidas, até as pessoas – os espanhóis são muito estilosos, diga-se de passagem - então andar por aquelas ruas charmosas é uma das melhores partes do turismo, por isso prefiro andar a pé a pegar metrô.
Mas por causa disso também, chegava a noite e estávamos podre. Na nossa última noite nossos planos de festinha e Hard Rock Café se resumiram a uma visita prolongada ao estádio do Barça por ser jogo deles naquele dia e uma sopinha no hostel e cama. Típico da Luiza acabar em casa na noite em que a cidade tá bombando! Mas foi ótimo por um lado: no dia seguinte acordamos bem dispostas e conseguimos fazer tudo que faltava: visita ao Park Gûell, uma olhadinha na La Gran Pica (hahaha, bem melhor que o Pepinão de Londres) e um choppinho no Hard Rock Café – que esse sim você encontrava o lindo do Steven Tyler.  Eu nem contei pra vocês sobre Londres né? Tá, já já eu conto..



Eu e Ele

Barcelona foi uma das viagens que eu mais curti. E muitas pessoas me disseram que Barcelona era sensacional e que foi a cidade que mais gostaram. E apesar da expectativa que eu criei, não me frustrei. Pelo conrário, superou minhas expectativas. Já tá na lista do “Vou voltar"!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Carnavale di Venezia


Aii só de ouvir esse povo falando eu já começo a rir à toa. E que gente bonita! A Itália não podia ser tão longe do Brasil. Argentina, não pilha um câmbio aí não?

Cheguei lá as 7h da matina. 8:30h da manhã e eu já tava turistando em alguma cafeteria daquelas ruazinhas charmosas de Veneza. Que lugar lindo! Cheira a romance. Foda essa parte, mas vamos pular. Andei um tempo na orla até me encontrar com o Francesco. Vocês lembram do Francesco? Meu amigo italiano que eu conheci na India que viajou com a gente pra Hampi. Foi muito legal ver ele de novo. Ele chegou com um mapinha e foi meu guia. Passamos 4h caminhando pela cidade. Nos perdemos algumas muitas vezes. 





O cadeado dos enamorados de Sevilla e dos fidanzati em Veneza.


Francesco


Tomamos vinho em uma casa típica por 30 centimos, comemos pão italiano com salame, tomamos vinho quente – tipo o nosso quentão, e rimos muito das nossas histórias na India. Foi um dia maravilhoso. Mas deu três horas da tarde e já tínhamos visto tudo e caminhado o suficiente pra sentar e ficar suspirando de cansaço por 1h mais ou menos. 



Quando ele foi embora, eu fui pro hotel 1 estrela onde eu tava hospedada haha! Tava tão cansada que só tomei banho e apaguei. Tá mentira eu ainda tagarelei com uma meia duzia de pessoas e falei no skype com o Rafinha lá de Faro – tava todo mundo na casa dele jantando e eu morri de invejinha de quem tava lá L

Ahhhh e eu já ia esquecer. Era carnaval.. a cidade tava cheia de pessoas fantasiadas com aqueles trajes antigos lindos e mascarados. A cidade é muito turística. Tudo gira em torno das famosas máscaras de Veneza e seu romantismo. É mesmo dificil andar sozinha no meio daquele monte de casais felizes e apaixonados. Mas eu tinha o Francesco pra disfarçar perante aos outros.. não fiquei tão mal na fita. Mas dentro de mim eu sabia o quanto era dificil.. hahahah éééé..




Quando acordei no dia de ir embora olhei pela janela e pensei: Ihhh ta chovendo, me fudi! Tava não, gurizaaada! Tava nevaaando! Coisa mais linda aquela paisagem de Veneza com neve. Em dez minutos a cidade tava branquinha, branquinha, tomada de neve!

Sorry, mas a câmera resolveu se fazer de salame quando eu tava na rua com a neve e aí só rolou essa fotinho mais ou menos de dentro do avião já..

E no aeroporto pra pegar meu vôo pra Barcelona, mais uma vez tive que me vestir naquele estilo Ryanair. A pior parte é perder os movimentos das articulações, porque tu tem tanta roupa que movimentos básicos como dobrar o braço, coçar todas as partes do corpo que resolvem coçar quando você não pode e caminhar sem parecer um pato tornam-se impossíveis. Mais uma vez cheguei no avião e tive que pedir urgente pra ir no banheiro trocar de blusa porque a minha estava molhadinha, sabe?

Veneza ta na listinha dos lugares pra voltar, sim. Mas acompanhada ;)